As informações pessoais dos entrevistados são extremamente importantes. Por isso, como pesquisadores, temos um objetivo principal: coletar o máximo de dados possíveis, reais e de pessoas reais, que ajudam a manter nossa empresa em funcionamento.
Se você deseja obter informações pessoais dos entrevistados, deve fazê-lo com cuidado e utilizando todas as suas habilidades de pesquisa. Solicitar informações pessoais de maneira inadequada pode levar ao abandono da pesquisa e até mesmo à perda do interesse dos clientes em continuar comprando de sua empresa.
É fundamental que sua empresa consiga identificar os respondentes e conquistar sua confiança. Se a pesquisa, a empresa ou o pesquisador não forem considerados idôneos, será muito difícil convencer os participantes a fornecerem certos dados.
Quão apropriado é pedir informações pessoais aos entrevistados?
Fazer perguntas que possam ofender ou incomodar os entrevistados pode comprometer o sucesso de sua pesquisa. Por isso, é essencial ter consciência de que, ao lidar com temas delicados, você deve justificar claramente a necessidade dessas informações e estar preparado para enfrentar possíveis consequências, como uma baixa taxa de resposta ou o fornecimento de informações imprecisas por parte dos participantes.
No planejamento de sua pesquisa, é importante considerar o ambiente em que ela será aplicada — público ou privado — e avaliar se haverá alguém disponível no momento da aplicação para esclarecer dúvidas que possam surgir.
Garantir a participação voluntária em uma pesquisa é ideal. Embora isso possa reduzir a taxa de resposta, aumenta a probabilidade de obter informações pessoais mais precisas, especialmente quando os tópicos abordados são sensíveis ou confidenciais.
7 dicas para solicitar informações pessoais dos entrevistados
Envie um e-mail de notificação:
Enviar um e-mail antes de realizar a pesquisa é uma ótima estratégia. Nesse e-mail, você pode informar antecipadamente a data da pesquisa e o motivo da investigação, permitindo que os participantes se preparem. Inclua também informações adicionais, como possíveis benefícios para aqueles que responderem à pesquisa.
Garanta a confidencialidade:
A empresa deve explicar de forma clara e transparente a importância de proteger as informações pessoais dos respondentes, detalhando as medidas adotadas para salvaguardar os dados. Também é útil mencionar o que seria feito no improvável caso de uma falha de segurança.
Cuide da introdução:
Adicione uma introdução breve e objetiva à pesquisa. Nela, destaque a importância da opinião, dos comentários e do feedback dos respondentes. Explique por que essas informações são necessárias e como serão utilizadas na investigação. Caso a pesquisa seja anônima, certifique-se de enfatizar isso.
Lembre-se: quanto maior for a confiança dos respondentes, maior será a probabilidade de eles fornecerem as informações que você busca.
Comece com perguntas não pessoais:
Inicie a pesquisa com perguntas que não sejam pessoais. Assim, você poderá ganhar a confiança dos respondentes gradualmente, além de mostrar a importância dos dados para a investigação. Informe-os de que a pesquisa depende da total honestidade deles. Se isso for feito de forma correta, os participantes se sentirão mais à vontade e felizes em colaborar.
Evite fazer mais perguntas do que o necessário:
Você realmente precisa saber a idade, sexo, religião ou estado civil dos entrevistados? Limite ao máximo o número de perguntas pessoais. Em alguns estudos, essas informações nem são essenciais.
Se possível, evite solicitá-las para que os respondentes se sintam mais confiantes. Caso precise incluir perguntas sensíveis, permita que os participantes avancem sem respondê-las. Isso aumenta a probabilidade de continuarem a pesquisa sem se sentirem obrigados.
Avalie se sua pesquisa deve ser anônima:
Em muitos casos, o anonimato é essencial para obter respostas mais sinceras. Os participantes tendem a ser mais honestos e diretos quando sabem que não podem ser identificados. Por natureza, as pessoas têm maior tendência a omitir a verdade se acreditam que podem ser reconhecidas.
Quando os entrevistados têm medo de serem identificados, eles frequentemente evitam compartilhar informações reais e podem se sentir desconfortáveis. Construir confiança é fundamental. Por isso, comece sua pesquisa com perguntas menos invasivas e gradualmente forneça mais detalhes sobre o objetivo do estudo.
Se os participantes perceberem que a pesquisa é confiável, será mais fácil para eles fornecerem informações sensíveis. Lembre-se: ao abordar temas delicados, como religião, sexualidade, política ou vícios, as respostas podem refletir o que é socialmente aceitável, e não necessariamente o que os participantes realmente pensam.
Cuidado ao solicitar endereço e telefone:
Evite pedir endereços e números de telefone exatos dos participantes. Esse erro, comum em pesquisas presenciais, muitas vezes leva os respondentes a abandonar a pesquisa. Em algumas situações, é relevante saber a cidade onde moram para análises geográficas, mas nunca recomendamos solicitar o endereço completo.
Se for necessário pedir o número de telefone, como em casos de envio de prêmios para quem responder à pesquisa, comunique isso de forma clara ao participante.
O mais importante ao solicitar informações pessoais dos respondentes é garantir o bem-estar de cada participante, evitando qualquer tipo de desconforto ou dano, além de assegurar que as informações obtidas sejam precisas para o sucesso do seu projeto.
Por fim, é essencial destacar um ponto crucial: o início da pesquisa. Se os participantes perderem a confiança logo nas duas ou três primeiras perguntas, toda a pesquisa estará comprometida. O maior problema é que eles podem nem perceber essa perda de confiança, o que pode resultar em respostas falsas. Isso, por sua vez, pode levar a decisões equivocadas baseadas em dados incorretos.
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