O ambiente de trabalho atual é formado por uma diversidade geracional sem precedentes, com quatro gerações atuando lado a lado: os Baby Boomers, a Geração X, os Millennials e a Geração Z. Cada uma delas traz valores, experiências e estilos de trabalho únicos, moldados por eventos históricos e avanços tecnológicos que impactaram suas vidas. Vamos compreender como funciona as gerações no trabalho.
Quais são as gerações no trabalho?
A evolução dos colaboradores ao longo das últimas seis décadas trouxe mudanças constantes. Aqui estão algumas delas:
Baby Boomers
São pessoas nascidas entre 1945 e 1964, logo após a Segunda Guerra Mundial. Muitos já estão aposentados e, em alguns casos, até avós. Eles fizeram a transição da vida rural para a urbana, acreditando que seus filhos teriam melhores oportunidades de trabalho. São considerados migrantes digitais, já que viveram antes da revolução tecnológica e adaptaram-se a ela.
Essa geração foi a primeira a ingressar em universidades, muitas vezes trabalhando em atividades que não desejavam, mas que “era o que se esperava”.
Para os Baby Boomers, ajudar financeiramente a família era uma obrigação e fonte de satisfação pessoal. No entanto, essa responsabilidade diária levou muitos a adotar uma mentalidade mais conformista, com projetos, metas e sonhos limitados, focados em fazer o que era socialmente aceito.
No ambiente de trabalho, os Baby Boomers são conhecidos por serem apaixonados por suas carreiras e buscarem estabilidade, frequentemente com contratos de longo prazo.
O objetivo era se aposentar na mesma empresa, o que lhes garantia tranquilidade e conforto, ainda que, em alguns casos, se acomodassem com o que já tinham alcançado.
As oportunidades de emprego para essa geração surgiam principalmente por meio de recomendações de amigos ou familiares, ou, às vezes, através de anúncios na imprensa.
Millennials ou Geração Y
Os Millennials, ou Geração Y, são aqueles nascidos entre 1982 e 1994, período em que a tecnologia se generalizou e passou a fazer parte do cotidiano. Desde o início de sua vida acadêmica, eles foram expostos ao uso de dispositivos multimídia, como smartphones, tablets, laptops e Smart TVs, que facilitaram seu aprendizado e formação. Atualmente, o aprendizado para essa geração acontece predominantemente por meio de telas.
As novas tecnologias tornaram-se ferramentas essenciais para os Millennials, que utilizam videochamadas, webinars e apresentações multimídia (como o Video Beam) para otimizar seu trabalho e alcançar resultados profissionais.
A Geração Y é caracterizada por buscar um trabalho que goste e que atenda às suas expectativas. Eles não se sentem presos a um emprego ou salário fixo, priorizando flexibilidade e realização pessoal.
Surge, então, uma pergunta comum: por que os Millennials deixam as empresas com frequência e têm dificuldade de se adaptar a dinâmicas tradicionais de trabalho?
A resposta está nas mudanças comportamentais e nas novas concepções de trabalho. Para os Millennials, o trabalho é cada vez mais realizado de forma online ou remota, reduzindo custos tanto para o trabalhador quanto para o empregador, e promovendo a chamada “mobilidade laboral”. Isso se reflete em um ambiente que valoriza ideias inovadoras e quebra de paradigmas, o que é o grande objetivo dos Millennials no trabalho: garantir que suas ideias sejam relevantes em uma sociedade competitiva e desigual.
Um aspecto importante a considerar é a forma como os Millennials buscam emprego, pois esse processo também mudou radicalmente. Ao mesmo tempo, os métodos de contratação das empresas evoluíram, com muitas delas reduzindo seu quadro de funcionários para evitar desequilíbrios financeiros.
As tarefas atribuídas aos novos colaboradores são específicas e de curto prazo, o que contribui para a alta rotatividade de funcionários. Muitas empresas optam por contratos de curto prazo, sem benefícios ou encargos previdenciários, como era comum em décadas anteriores.
Geração Z
A Geração Z, formada pelos nascidos entre 1995 e meados dos anos 2000, é a mais jovem entre as quatro gerações ativas no mercado de trabalho. Eles são 100% nativos digitais, com a tecnologia presente desde o nascimento.
Influenciados pelos pais millennials ou pelos irmãos mais velhos, os membros da Geração Z têm uma mentalidade ainda mais aberta à inovação, em uma era marcada por inteligência artificial, internet das coisas e impressoras 3D.
Criados em um ambiente altamente tecnológico, eles estão conectados o tempo todo e têm o mundo ao alcance de um clique ou de um screenshot. Essa exposição constante à tecnologia moldou suas habilidades e formas de pensar.
Por fim, duas questões permanecem em aberto, e só o tempo poderá responder: que tipo de funcionários serão os membros da Geração Z quando ingressarem no mercado de trabalho? E como será o ambiente de trabalho dos centenários? Será semelhante ao atual ou estará ainda mais transformado?
Sobre o autor: Andrés Felipe Fuentes Velásquez, diretor do Radar de Informação Felipe Fuentes.
Ele é comunicador social, editor e gerente de comunidade. Com experiência em atualização de informações em sites e redes sociais. Criador, Diretor e Jornalista do meio digital denominado “El Radar Informativo de Felipe Fuentes.
