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O bullying é um problema grave que afecta muitas pessoas em muitos locais Para compreender melhor a prevalência e o impacto do bullying, é importante realizar inquéritos sobre as experiências de bullying das pessoas e analisar os dados das pessoas que foram afectadas.
As experiências negativas e traumáticas têm um impacto duradouro na psique de uma pessoa e, por conseguinte, na sua carreira, relações e qualidade de vida em geral. O bullying pode ocorrer numa variedade de contextos, como a escola, o local de trabalho, a Internet e até mesmo em casa.
É importante reconhecer as diferentes formas de bullying e tomar medidas para as combater. Ninguém merece ser vítima de bullying e todos têm o direito de se sentirem seguros e respeitados.
O que é o bullying?
O bullying pode ter um impacto duradouro no bem-estar mental e emocional de um aluno. Pode assumir a forma de violência física, assédio verbal ou exclusão social. Em casos graves, pode levar à depressão, à ansiedade e até ao suicídio.
Os diretores das escolas, os professores e os pais devem trabalhar em conjunto para criar um ambiente de aprendizagem seguro e solidário.
Todas as formas de bullying são prejudiciais para as crianças. Estas podem experimentar sentimentos de angústia, humilhação, insegurança e perda de intimidade. A curto prazo, o bullying prejudica a sua autoestima. Podem também ficar desmotivadas, com medo e sem vontade de ir à escola. A longo prazo, o bullying pode causar ansiedade, dificuldades académicas, absentismo escolar, problemas de memória, depressão, etc. É por isso que é importante não encarar esta situação de ânimo leve, detetar os primeiros sinais de bullying e intervir de forma adequada.
Como é que sabes se uma criança está a ser vítima de bullying?
Quando uma criança é vítima de bullying, nem sempre tem o reflexo de vir contar aos pais ou a um adulto. Também pode ter medo de falar sobre o assunto. É por isso que é importante estar atento e ouvi-la para reconhecer os sinais de que está a ser vítima de bullying.
Abaixo estão listadas atitudes e comportamentos que podem indicar que uma criança está a ser vítima de bullying. A criança pode apresentar um ou mais dos seguintes sinais:
- O seu interesse e motivação para a escola diminuem consideravelmente;
- Já não quer ir à escola;
- Afasta-se, torna-se mais reservado e isola-se;
- Parece triste, infeliz e irrita-se facilmente;
- Diz-te muitas vezes que não se sente bem, que está doente;
- As tuas notas começam a descer;
- Dorme mal;
- Chega a casa com a roupa suja ou com feridas;
- Evita o contacto com outras crianças;
- Não se entusiasma com as actividades do grupo ou da escola;
- Ansiedade, medo, desconfiança;
- Não quer falar contigo sobre o que faz na escola ou sobre os colegas;
- Procura a presença de adultos;
- Faz desvios para não seguir o caminho habitual, quer chegar à escola muito cedo ou muito tarde para não se cruzar com os alunos no recreio;
- Denigre a si próprio, por exemplo, pensa que não é bom na escola e que os outros são melhores do que ele;
- Comunica a perda ou o roubo de objectos pessoais como o lanche, brinquedos, etc. Se for esse o caso, verifica se a criança está a ser vítima de bullying.
Vantagens da aplicação de um inquérito sobre assédio moral
A realização de um inquérito sobre o assédio moral ajuda a recolher dados cruciais e a agir em tempo útil. Se não o fizeres, podes perder tempo e vidas de forma irreparável.
Estas são algumas das razões pelas quais deves criar um questionário sobre assédio moral:
- Experiência com bullying: Pergunta aos alunos se já foram vítimas de bullying em linha ou se já testemunharam alguém a ser vítima de bullying em linha.
- Frequência do assédio moral: Pergunta sobre a frequência das experiências de assédio moral, se são ocasionais ou contínuas.
- Impacto nas emoções: Pergunta aos alunos como é que o bullying afectou as suas emoções, incluindo sentimentos de tristeza, raiva, medo e desespero.
- Comportamento de denúncia: Pergunta sobre o comportamento dos alunos em relação à denúncia de incidentes de bullying aos pais, professores ou outras figuras de autoridade.
- Perceção da eficácia da denúncia: Pergunta aos alunos sobre a sua perceção da eficácia da denúncia de incidentes de bullying e o que poderia ser feito para melhorar o processo.
- Comportamento do observador: Pergunta sobre o comportamento dos alunos quando testemunham o bullying, por exemplo, se intervêm, ignoram ou denunciam.
- Atitudes em relação ao bullying: Pergunta aos alunos sobre as suas atitudes em relação ao bullying e se acham que é um problema sério ou não.
- Medidas preventivas: Pergunta sobre as medidas preventivas que os alunos acham que reduziriam eficazmente o bullying.
- Comunicação anónima: Dá aos alunos a opção de comunicar anonimamente para incentivar a honestidade e aumentar a precisão dos resultados do inquérito.
Algumas das perguntas importantes a incluir num questionário sobre bullying para crianças, de modo a recolher os dados corretos, são as seguintes
10 perguntas para um questionário sobre bullying para crianças
- Já foste assediado?
- Quem te assediou?
- Com que frequência te sentiste assediado?
- Onde é que o assédio teve lugar?
- Que tipo de assédio sofreste?
- Como é que te sentiste?
- Como é que reagiste ao assédio?
- Já alguma vez denunciaste assédio?
- Alguma vez viste alguém a ser assediado?
- Sentes-te seguro na escola?
Estas são apenas algumas das perguntas chave que devem ser incluídas num inquérito sobre bullying para os alunos. Ao recolhermos estes dados, podemos compreender melhor a prevalência e o impacto do bullying e trabalhar no sentido de desenvolver estratégias eficazes para o prevenir e combater.
Outros tipos de assédio
Estes são outros tipos de assédio de que deves estar ciente e encorajar o feedback:
Assédio no local de trabalho
O assédio no local de trabalho também pode ter consequências graves. Pode reduzir a satisfação no trabalho, diminuir a produtividade e, em alguns casos, provocar problemas de saúde física e mental.
As empresas têm a responsabilidade de criar uma cultura de segurança e respeito no local de trabalho e de tomar medidas para lidar com o assédio quando este ocorre. Seguem-se alguns exemplos de perguntas que podem ser incluídas num inquérito sobre assédio no local de trabalho.
10 perguntas gratuitas para o inquérito sobre mobbing
- Foste vítima de assédio ou de comportamento abusivo no local de trabalho nos últimos 12 meses?
- Testemunhaste assédio ou comportamento abusivo contra um colega de trabalho nos últimos 12 meses?
- Alguma vez comunicaste um incidente de assédio ou comportamento abusivo a um supervisor ou a um representante dos Recursos Humanos?
- Consideras que a cultura do local de trabalho promove um ambiente de respeito e segurança?
- Já alguma vez te sentiste assustado ou ameaçado no local de trabalho devido ao comportamento de outra pessoa?
- Notaste alguma alteração na tua satisfação profissional ou no teu bem-estar mental em consequência do assédio moral no local de trabalho?
- Acreditas que a tua empresa leva a sério o assédio moral no local de trabalho e tem políticas adequadas para o resolver?
- Existem indivíduos ou departamentos específicos onde o assédio parece ser mais frequente?
- Há algum tipo específico de assédio ou comportamento abusivo que tenhas experimentado ou observado no local de trabalho?
- Consideras que os funcionários que cometem actos de assédio ou abuso devem ser responsabilizados pelos seus actos?
É importante que as empresas levem a sério os resultados de um inquérito sobre assédio moral no local de trabalho e utilizem a informação para fazer mudanças positivas e melhorar o ambiente de trabalho de todos os funcionários.
Ciberbullying ou assédio nas redes sociais
O bullying em linha, também conhecido como cyberbullying, é um problema crescente. Pode envolver a difusão de rumores, a publicação de comentários ofensivos ou a partilha de fotografias ou vídeos embaraçosos.
O ciberbullying pode ser particularmente prejudicial porque pode atingir um grande público e ter um impacto duradouro. É importante que as pessoas estejam conscientes do seu comportamento em linha e denunciem o ciberbullying quando o encontram. Abaixo estão alguns exemplos de perguntas para um questionário sobre cyberbullying.
Perguntas do inquérito sobre cyberbullying
As perguntas do inquérito sobre ciberbullying visam recolher informações sobre as experiências de bullying em linha dos alunos, as suas atitudes em relação ao mesmo e o impacto que tem nas suas emoções e bem-estar. Alguns exemplos de perguntas do inquérito sobre ciberbullying são:
- Já alguma vez foste assediado em linha ou viste alguém ser assediado em linha?
- Com que frequência foste assediado em linha no último ano?
- Sentes-te seguro e respeitado quando utilizas as redes sociais?
- Alguma vez te sentiste assustado ou ameaçado pelo comportamento de outra pessoa nas redes sociais?
- Existem plataformas específicas de redes sociais ou tipos de conteúdos em que a intimidação e o assédio parecem ser mais frequentes?
- Como é que o bullying afectou as tuas emoções, tais como sentimentos de tristeza, raiva, medo e desespero?
- Já viste ou observaste alguma forma de discurso de ódio ou discriminação nas redes sociais?
- Alguma vez comunicaste um incidente de assédio a alguém?
- Achas que as empresas de redes sociais fazem o suficiente para combater o bullying e o assédio nas suas plataformas?
- Consideras que a comunicação de incidentes foi eficaz para pôr termo ao assédio?
- O que é que costumas fazer quando vês alguém a ser assediado na Internet?
- Achas que o cyberbullying é um problema sério que precisa de ser resolvido?
- Que medidas achas que seriam eficazes para reduzir o cyberbullying?
- Gostarias de ter a possibilidade de comunicar incidentes de assédio de forma anónima?
- Achas que as pessoas que praticam bullying ou assédio nas redes sociais devem ser responsabilizadas pelos seus actos?
Estas perguntas podem ser administradas através de inquéritos em linha ou de entrevistas presenciais e fornecem informações valiosas sobre as experiências e perspectivas sobre o ciberbullying.
Assédio relacional
Mesmo em casa, o bullying relacional ou a agressão relacional podem ter um impacto profundo na dinâmica e nas relações familiares. A violência doméstica e o abuso de idosos são exemplos de bullying que ocorrem no seio da família.
É fundamental que as famílias abordem este tipo de comportamento e procurem ajuda em recursos como linhas diretas e serviços de aconselhamento, quando necessário.
O bullying social consiste em prejudicar as relações ou o estatuto social de alguém. Pode ter um impacto duradouro no bem-estar mental e emocional de uma pessoa. Um inquérito pode ajudar a recolher informações sobre a prevalência do bullying relacional e informar os esforços para o combater.
Seguem-se alguns exemplos de perguntas que podem ser incluídas num inquérito sobre assédio relacional.
- Foste pessoalmente vítima de assédio relacional nos últimos 12 meses?
- Testemunhaste alguém a ser vítima de assédio relacional nos últimos 12 meses?
- Já alguma vez excluíste alguém ou espalhaste boatos sobre alguém como forma de assédio?
- Achas que a tua escola, local de trabalho ou comunidade promove uma cultura de respeito e inclusão?
- Já alguma vez te sentiste isolado ou excluído devido ao comportamento de outra pessoa?
- Notaste alguma alteração no teu bem-estar mental devido ao bullying relacional?
- Achas que o bullying relacional deve ser levado tão a sério como o bullying físico ou verbal?
- Há algum grupo ou indivíduo específico que pareça ser o alvo mais frequente de bullying relacional?
- Alguma vez confrontaste alguém que estava a assediar relacionalmente ou ofereceste apoio a uma vítima?
- Achas que as pessoas que praticam assédio relacional devem ser responsabilizadas pelos seus actos?
O assédio moral relacional pode ser tão prejudicial como as outras formas de assédio e é importante sensibilizar e tomar medidas para o combater. Os resultados de um inquérito sobre bullying relacional podem fornecer informações valiosas e contribuir para a criação de uma comunidade mais respeitosa e inclusiva.
Conclusão
O assédio pode assumir muitas formas e ocorrer em muitos contextos diferentes. Qualquer pessoa pode ser afetada pelo assédio moral, independentemente do sexo ou das caraterísticas pessoais. Podes ser o agressor, a testemunha ou a vítima.
Bullying é quando uma pessoa tenta repetidamente dominar outra pessoa através de provocações, acções violentas ou rejeição. Normalmente, o agressor age deliberadamente para magoar ou ferir a outra pessoa. Não se trata apenas de uma simples discussão entre amigos no recreio da escola, mas de uma relação de poder que magoa ou esmaga a outra pessoa e que se repete ao longo de um período de tempo.
Lembremo-nos de que um inquérito é uma ferramenta que nos pode ajudar a expor os aspectos desconhecidos dos mais diversos temas, mesmo que por vezes seja perturbador. Neste caso, um inquérito sobre o bullying pode ajudar-te a detetar esta e outras questões que preocupam os alunos.
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